Apesar do receio que muitos negócios têm, o público vegano busca opções éticas e mais respeito pelas suas escolhas
Chatos? Nós diríamos exigentes. O público vegano, apesar de parecer implicante para algumas pessoas, é um grupo que, quando encontra uma marca ou local ético e de acordo com seus ideais, vira cliente fiel e promotor do negócio.
Perfil do público vegano
Essa ideia de que os veganos são cheios de “mimimi” parte da falta de compreensão do movimento. Não é uma fase ou modinha. São pessoas que fizeram uma escolha empática e querem acabar com o sofrimento animal.
Pensa só: você, hipoteticamente, não comeria carne de cachorro. Em outros países, porém, isso é normal. Temos que lembrar que o ato de comer carne é algo cultural.
Se você chegar em um restaurante e te oferecerem carne de cachorro, você vai comer? Não, certo? Isso te torna chato?
Agora, lembre-se que os veganos consideram injusto e desnecessário o consumo de qualquer alimento de origem animal.
Nós temos opiniões, ideais, crenças e valores – alguns crescem conosco, outros adquirimos ao longo da vida. Esse conjunto faz de nós a pessoa que somos e implica na mensagem que queremos deixar no mundo. Os veganos, assim, querem diminuir o impacto de suas escolhas no sofrimento animal.
Não é pelo lucro
Nesse sentido, o público vegano busca por empresas que abracem esse movimento. Não pela possibilidade de lucrar mais, mas pela vontade de ajudar a causa animal.
Em geral, pessoas veganas costumam comprar de empresas que são 100% veganas, ou seja, não usam ingredientes de origem animal e nem realizam testes em animais em nenhum de seus produtos. Mas também compram de empresas que, apesar de não serem totalmente veganas, oferecem opções para esse público.
Essas empresas, porém, seja um restaurante ou marca de maquiagem, devem ter uma comunicação clara, transparente e assegurar que, de fato, aquele determinado produto não tem envolvimento com exploração animal.
Para ter o apoio do público vegano…
É preciso entender o que move essas pessoas. É preciso de colocar no lugar delas. É preciso ouvir.
Esse é um público preocupado com as consequências de suas escolhas, que quer entender o processo de produção daquilo que consomem e que buscam apoiar empresas sustentáveis e éticas.
Se você é um restaurante, por exemplo, não precisa mudar todo seu cardápio e fazer investimentos absurdos. Basta estar disposto a adaptar suas receitas e ter alternativas veganas disponíveis.
Ou, então, se você é uma marca de maquiagem que alega ter um batom vegano, não deixe esse público esperando por respostas. Explique quem são seus fornecedores, busque selos de cruelty-free e responda às dúvidas que surgirem.
Quem sabe, o que era para ser uma opção vegana se torne um novo empreendimento vegan. Quando você trata o público bem e com respeito, seja ele qual for, você terá apoio.